Sobre
HOSPITAL HELIÓPOLIS – 56 ANOS
Nosso querido aniversariante tem muita história para contar, desde sua inauguração em abril de 1969. Para comemorar a data, vamos compartilhar um breve relato dos eventos marcantes da instituição, lembrando também de alguns acontecimentos mundiais e nacionais relevantes que influenciaram, direta ou indiretamente, o Hospital Heliópolis.
Em primeiro lugar, a controversa origem do nome Heliópolis, que significa “cidade do sol”. Não há certeza, mas é provável que o nome tenha se originado de uma linha de bonde inaugurada em 1928 (extinta em 1952), chamada Linha Heliópolis, que partia da Praça João Mendes, no centro da cidade de São Paulo, e percorria várias ruas, algumas atualmente pertencentes ao Bairro do Ipiranga e Sacomã, como ruas Tabor, Bom Pastor, Silva Bueno, Almirante Delamare, até chegar à Praça Barão de Belém, local atual do Hospital Heliópolis.
A região onde se localiza o hospital fazia parte do Sítio Moinho Velho, pertencente ao Conde Álvares Penteado. Em 1942, a área foi comprada pelo IAPI (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários), órgão do governo federal, com o intuito de criar uma instituição para atender funcionários de um emergente polo industrial na região do Grande ABC Paulista.
Em abril de 1969, o Hospital Heliópolis foi inaugurado, com a presença do então Governador de São Paulo, Roberto C. de Abreu Sodré, e várias personalidades dos meios acadêmico e político. Nesse ano, o Presidente do Brasil era Artur da Costa e Silva e o Prefeito da Cidade de São Paulo era João V. Faria Lima. O Centro Cirúrgico do hospital foi inaugurado em 14 de agosto de 1969; a primeira cirurgia realizada foi uma safenectomia, feita pelo Prof. Dr. Mário Ramos de Oliveira, com o auxílio do Prof. Dr. Mânlio Speranzini.
No mesmo ano, 1969, em 20 de julho, os primeiros seres humanos chegaram à Lua, tripulando a nave APOLLO 11, da NASA. O primeiro astronauta a pisar na Lua foi Neil Armstrong, seguido por Buzz Aldrin.
Voltando à história do Hospital Heliópolis, sua localização na cidade de São Paulo está entre os bairros do Ipiranga e Sacomã, e muito próximo ao município de São Caetano do Sul. Desde o início da década de 70, houve um dinâmico processo de ocupação da região, com muitas transformações ao longo do tempo e gradual integração ao tecido urbano. Depois da implementação do hospital, a região dos arredores passou a ser chamada de Nova Heliópolis.
Consolidando sua vocação de instituição tanto de atendimento à população quanto de ensino e pesquisa, o programa de Residência Médica do Hospital Heliópolis teve início em 1973.
Em 1977, foi criado o INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O Hospital Heliópolis passou a ser subordinado ao INAMPS e à Superintendência Regional de São Paulo, atendendo apenas trabalhadores com carteira de atendimento específica do referido órgão.
O hospital passou aos cuidados da esfera estadual em 1988, com a criação do SUDS (Sistema Único e Descentralizado de Saúde). O hospital e os novos servidores passaram a ser administrados e remunerados pelo Governo do Estado de São Paulo. O SUDS foi o precursor de um sistema de saúde unificado e totalmente aberto ao público, independente da sua situação social ou vínculo empregatício.
A década de 80 foi marcada por muitas mudanças no Brasil e no mundo. Uma delas foi o início da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, causada pelo vírus HIV. Desde o início da epidemia no Brasil, a Clínica de Infectologia do Hospital Heliópolis prestou atendimento aos pacientes e participou ativamente nas pesquisas sobre a doença e o vírus. Hoje, a medicina brasileira é referência no tratamento da síndrome e no acolhimento dos pacientes portadores do vírus, sendo o sistema único e público de saúde fator central para o controle da epidemia.
No mesmo ano da criação do SUDS, 1988, começa a chegar ao Brasil a inovação tecnológica que iria mudar o curso da história: a internet. A inovação foi trazida ao país por iniciativa da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo), Universidade Federal do Rio de Janeiro e LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica). Inicialmente restrita aos meios acadêmicos, não tardou a se alastrar, a influenciar a prática médica e a fazer parte do dia a dia da maioria dos brasileiros.
Em 1990, foi oficializado o SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil. Este marco extraordinário da saúde nacional possibilitou mais avanços na abrangência do atendimento a toda a população, em todos os níveis (municipal, estadual e federal), bem como fortalecer as ações de saúde pública, vacinações, campanhas de prevenção de doenças e distribuição de medicamentos essenciais.
No plano tecnológico, o ano de 1990 marcou o recebimento dos primeiros telefones móveis no Brasil, também chamados de “celulares”. A revolução na comunicação foi caminhando a passos muito largos e, associados à internet, os telefones móveis causaram uma mudança inimaginável nos processos de comunicação, atingindo todas as esferas da ação humana, como lazer, trabalho e aprendizado.
O Hospital Heliópolis passou a ser designado como Unidade de Gestão Assistencial (UGA – 1) em 1991, ano em que o PAM (Posto de Atendimento Médico), localizado na Av. Almirante Delamare, foi integrado ao Complexo Hospitalar Heliópolis. Posteriormente, houve a construção do prédio anexo, no mesmo terreno do hospital, para abrigar os ambulatórios, quimioterapia, radioterapia e exames laboratoriais e de imagem. Com a centralização dos atendimentos, o Hospital Heliópolis passou a fazer parte da Rede Hebe Camargo, para tratamento de pacientes com câncer.
Mais recentemente, o mundo foi surpreendido pela pandemia de infecção por coronavírus. Os primeiros casos no Brasil foram noticiados no início de 2020, causando pânico na população e incertezas quanto ao melhor tratamento e gerenciamento da crise de saúde. Mais uma vez, o Hospital Heliópolis teve protagonismo, recebendo, diagnosticando e tratando pacientes infectados. Infelizmente, trabalhadores da área da saúde também foram atingidos, mas as equipes do hospital não deixaram de prestar seus serviços à população. A residência médica foi mantida, com orientação do uso de máscaras e paramentação adequada. Cirurgias de emergência continuaram a ser realizadas, mas atendimentos eletivos foram provisoriamente suspensos. A Clínica de Infectologia do hospital teve atuação central, coordenando e orientando as ações de cuidado e tratamento, tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.
A vacina contra a COVID chegou ao Hospital Heliópolis em 2021, mobilizando os profissionais da enfermagem, que agiram com dedicação e competência para vacinar os funcionários.
A existência do SUS foi fundamental para o Brasil controlar a pandemia no território nacional e promover a vacinação em massa da população, e o Hospital Heliópolis, mais uma vez, ofereceu à população os cuidados necessários.
Neste mês, quem faz aniversário não é somente o prédio do hospital, mas todas as pessoas que aqui se dedicaram e se dedicam, durante 56 anos. Nossa homenagem a todos(as) os que se foram e a todos(as) que ainda estão aqui, contribuindo para a história dos cuidados na saúde do Brasil.
Autora: Judith Cristina Gouveia nogueira
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